Muitas pessoas sabem que eu não quero voltar aqui. Quando "apaguei" os posts passados, foi por um motivo. E isto não significa o meu regresso. Muito longe disso.
Tem-me apetecido escrever. Estas últimas semanas não têm sido lá muito agradáveis. Muita coisa junta. E apetece-me aproveitar este turbilhão de sentimentos cá dentro e passá-los para papel (ou para um ecrã, como neste caso). Mas, mesmo pegando no caderno e no lápis, não consigo. Não consigo dar forma ao que passa pela minha cabeça, não consigo preencher o branco da folha. Aqueles riscos contínuos azuis confundem-me. Deus escreve direito por linhas tortas. Eu não sou Deus. Eu não acredito em Deus. A música toca ininterruptamente como banda sonora da minha vida, e eu continuo a olhar para um papel em branco por usar. E quero tanto escrever algo, escrever como antes escrevia, passar uma lágrima que fosse para esta porcaria de caderno, mas guardo o lápis no estojo e o caderno na gaveta e suspiro. Esfrego os olhos, cansada, e deixo-me hipnotizar pela parede branca do meu quarto. É tudo tão branco, não é?
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