How did we grow to be this far apart?

And suddenly... I found myself crying... Thinki...

És meu/minha amigo/a? Aceitas-me tal como sou? Gos...

Muitas pessoas sabem que eu não quero voltar aqui....

Um dia aprendes...

se perguntarem por mim digam que voei

Eu nunca te perdiE nunca te deixei...Eu nunca te e...

Agarra-me esta noite, que amanhã não estou aqui.in...

Pedro Abrunhosa - Deixas em Mim Tanto de TiA noite...

Mew- Eight Flew Over, One Was DestroyedI'ts a nice...

Powered by Blogger


sábado, janeiro 28, 2006

Poema do dia 2 de Janeiro de 2006

Para vir a saborear tudo,
não queiras ter gosto em nada.
Para chegar a saber tudo
não queiras saber algo em nada.
Para chegar a possuir tudo,
não queiras possuir algo em nada.
Para chegar a ser tudo,
não queiras ser algo em nada.

Para chegar ao que não gostas,
hás-de ir por onde não gostas.
Para chegar ao que não sabes,
hás-de ir por onde não sabes.
Para chegar a possuir o que não possuis,
hás-de ir por onde não possuis.
Para chegar ao que não és,
hás-de ir por onde não és.

Quando reparas em algo,
deixas de lançar-te ao todo.
Para chegar de todo a tudo,
hás-de afastar-te de todo em tudo.
E quando chegues de todo a ter,
hás-de tê-lo sem nada querer.

Quando já não o queria,
tenho tudo sem querer.
Quanto mais eu tê-lo quis,
com tanto menos me vejo.
Quanto mais buscá-lo quis,
com tanto menos me vejo.
Quanto menos o queria,
tenho tudo sem querer.
Já por aqui não há caminho,
porque para o justo não há lei;
para si ele é a lei.

São João da Cruz (1542-1591) in Poemário 2006 Assírio & Alvim
Reflections in the Mirror