Departure...

Às vezes...

O teu olhar...

Porquê? Mas porquê? Porque é que me deixo afectar ...

O pesado fardo da minha consciência...

Hoje peguei naquele ser frágil e sereno e levei-o ...

Como é que uma coisa tão pequenina me consegue faz...

A felicidade paga-se?

Inês

Happy birthday to me...

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terça-feira, abril 26, 2005

We walk a lonely path...

It was weird, yesterday... Quando disseste que eu me estava a ir embora, e eu não conseguia acreditar que fosses capaz de pensar que eu me ia embora. Mas... Depois da nossa conversa, depois de tudo, vi que tinhas razão. Desde aquele dia em que nos vimos, sinto-me estranha... Não te sei explicar bem porquê, acho que de repente me vi confrontada com a verdadeira realidade. Tinha andado praticamente no "mundo da lua", sempre a pensar que as coisas iam melhorar, que aquilo era apenas uma fase, que, no fundo, tudo ia voltar a ser como dantes... Imaginava-me sempre num futuro, a encontrar-me contigo e ter tudo resolvido... E, finalmente, conseguiamos estar bem... Mas, quando passaste por mim, naquele dia... Eu vi... Vi que continuamos ligados, que provavelmente, continuaremos ligados por muito tempo, que isso não é mau, pelo contrário... Mas também vi que passamos um pelo outro como "estranhos"... Foi a primeira vez que te vi e "não te vi"... Não sei se percebes... Vi-te por milésimas de segundos e logo a seguir só vi as tuas costas... E tu não olhaste para trás... Seguiste sempre em frente... Foi a partir desse momento que me apercebi que realmente não havia volta a dar... Foi a partir daí que baixei os braços e me refugiei num canto, desolada, derrotada... Foi como se tivesse deixado de te sentir... Como se tu tivesses ido embora... E pela primeira vez em algum tempo, senti-me mesmo pequena, frágil, desprotegida e com medo de abrir os olhos e ver realmente que já não estavas lá... Aquele meu texto anterior, surgiu-me numa dessas noites, em que tinha medo, em que me sentia sozinha... Ontem, mostraste-me que, à tua maneira, ainda estás aí... E por momentos, juro que senti que também não serias capaz de ir embora... E esses momentos souberam-me tão bem... Lembras-te? Não faz muito sentido, mas cá dentro faz... Apesar de mais ninguém perceber, e eu própria por vezes não perceber o porquê... É bom ter-te aqui... Mesmo que por vezes haja momentos de dúvida, incerteza. Quando o nevoeiro desaparece um pouco, vejo-te. E isso faz-me estender a mão outra vez.
Reflections in the Mirror