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domingo, outubro 09, 2005

Quero ler:

"Sobre o começo de um amor no mundo com cave e sótão" (de Jorge Araújo e Pedro Sousa Pereira)
(...)"Nem Tudo Começa com um Beijo" tem as suas raízes num realismo mágico que nos conta a história de um grupo de meninos, os habitantes do mundo subterrâneo criado nos esgotos de uma grande cidade. O símbolo remete para a alegoria da caverna, de Platão, sendo que a "cave", neste texto, representa não apenas a ignorância e a escuridão, mas sobretudo o abismo sujo de uma sociedade estratificada e sem esperança. Jorge Araújo e Pedro Sousa Pereira criaram uma história de amor onde interrogam os seus leitores sobre a injustiça social que dá origem a legiões de meninos abandonados. Em oposição, temos o "sótão", a superfície, um mundo luminoso mas hostil, de facto o reino da solidão humana. (...) As figuras adolescentes movem-se num contexto impiedoso e cruel, onde não se ilude a mortalidade humana ou os defeitos de carácter. E estas composições são delicadamente desenhadas com poesia melancólica. (...)


Foste tu que me escreveste de Sintra? (de Carlos Daniel)
Não encontro nenhuma crítica a este livro, mas o pequeno excerto que li, que vinha na capa de trás, pareceu-me muito interessante.





O Frio que faz na Cama (de António Manuel Revez)
- Porque é que já não conseguimos comunicar um com o outro?
- Porque é que até o sexo já parece um frete. Antes beijavas-me.
- Os beijos são tão importantes, gostava tanto quando me beijavas.
- Antes preocupavas-te comigo…deixavas-te dormir abraçada a mim. Agora dizes que eu ressono, que à noite tenho mau hálito, tudo te incomoda.
- Não, tu é que começaste a dizer que eu te sufocava, que não conseguias respirar, que o meu cabelo estava a ficar cada vez mais oleoso, que acordavas a meio da noite quase a cair da cama.
- Isso foi depois de teres ido a esse psicólogo imbecil, e da porcaria dos comprimidos que te receitou. Tinhas pesadelos, vomitavas na cama e tudo, já não te lembras?
- Lembro. E tu não te lembras porque é que eu fui ao psicólogo? Ou já estás esquecido? Não te lembras que foi por causa do emprego que tu me arranjaste. Ajudante de cabeleireira. Grande futuro, grande emprego, grande merda!



Onde está o branco em ti? (de Ricardo Antunes)
Somos todos iguais. Buscamos as mesmas coisas. É incrível como tantas vezes nos camuflamos debaixo duma capa que não deixa que ninguém nos veja realmente.Procuramos as estrelas mas não vemos o céu. Queremos conhecer o Universo mas nem nos conhecemos a nós próprios.Estamos debaixo da terra, num buraco bem fundo e não vemos nada. As coisas não fazem sentido e então tentamos descrever o que nos vai na alma. Mas, apesar disso, não saímos da roda das coisas fúteis em que estamos metidos.Será assim tão difícil fugir a isto tudo? Encontrar a nossa verdadeira natureza?A tua alma terá tanta sede dessa água viva que és capaz de deixar tudo para trás e partir em busca dessa fonte da vida eterna? Onde está o branco em ti?



O Espelho Negro (de Juliet Marillier)
Depois de publicar em Portugal duas sagas desta autora Neo-Zelandesa, a
trilogia Sevenwaters e a Saga das Ilhas Brilhantes, a Bertrand Editora, publica o novo livro de
Juliet Marillier, Espelho Negro.
Neste livro, que marca o inicio da trilogia Crónicas de Bridei, somos levados a uma Grã Bertranha historicamente plausível, se bem que com elementos de fantasia, num cenário recorrente para esta autora. O personagem principal, Bridei, é um aprendiz e filho adoptivo de Broichan, o druida do Rei.
Tudo corria normalmente na vida deste jovem aprendiz, até que numa noite de Inverno lhe é deixado como à porta da tenda uma bebe. Bridei toma Tuala, o bebe, como irmã, e crescendo juntos vai sendo criado um laço que ninguém conseguirá quebrar. Planos secretos, intrigas e muitas aventuras é o que é esperado de mais um livro desta autora bem amada no nosso pais, e que até visita com regularidade um fórum nacional dedicado à sua obra (
podem aceder ao dito clicando aqui).
Mais um lançamento de um livro no âmbito do Fantástico, um género em crescimento acentuado a nível nacional, que finalmente se tem libertado dos recantos mais obscuros das livrarias.

Mas estou a ler:

A Vida Inteira (de Miguel Esteves Cardoso)
Não é facil ser alma.

Tem vantagens. Posso entrar na pessoa que quiser e fazê-la falar e mover-se como se fosse uma marioneta. Grande coisa.
Para me vingar, às vezes chamo Robertos às pessoas.
Actualmente, sou a alma dum rapaz que teve um acidente de mota e está em coma há dois anos. O corpo está ligado a uma máquina. Não tem grande interesse. O aspecto é simpatico mas a postura é parada. De mais para o meu gosto.
A alma dele, que sou eu, é generosa e boa, apesar do rancor e do medo que me minam de alto e baixo. Actualmente está suspensa. Livre de vaguear e não sei que mais. Tenho autorização. O pior é que está limitada à partida. E porquê? Porque esta pessoa está apaixonada. Apaixonada por uma rapariga de dezanove anos. Que não está apaixonada por ele. Ainda por cima. É esta a herança que o rapaz me deixou.
A rapariga vem vê-lo todas as semanas. Chama-se Eva. Julga-se uma santa. Uma santa viria, pelo menos, todos os dias. Fica meia hora, com cara de quem já está no velório. Sente-se na obrigação. Caíram da mota porque ela queria passar um vermelho, tal era a ganância de chegar a casa para se ver livre dele.

Reflections in the Mirror