Há dias que são para esquecer...

I had the weirdest dream today... Not with you... ...

Silence 4

So... This is it... Não são irritantes as despedid...

Porque é que ainda sinto borboletas na barriga de ...

Sinto a raiva correr pelas minhas veias... Abro e ...

Ok, muito bem... Ponto da situação neste fim-de-se...

Fecho os olhos, porque não quero ver. Não quero ve...

"E os dias são pequenas manchas de cor sem ninguém...

Parece que este ano não estou a escrever muito, nã...

Powered by Blogger


terça-feira, setembro 13, 2005

Perguntaram-me hoje o que eu gosto de fazer. A ver se me ajudavam a seguir um rumo, um caminho. Fiquei a pensar nisso. Durante uns largos momentos. Quando comecei a fazer a "lista", surgiram-me coisas "inúteis", que a sociedade em que vivemos não considera válidas para um estilo de vida decente futuro, em que temos de sobreviver à custa do trabalho. Sei lá... Gosto de dormir, para começar. Gosto de ficar aqueles momentos de manhã, em que ainda estamos meio a dormir, deitada na cama, a atrasar mais um pouco o regresso à realidade... Gosto de passar as noites de inverno, ou mesmo de verão, enroscada no sofá, a ver filmes... Gosto de parar várias vezes ao dia, sem pensar em mais nada que não "aquele verde ali tem uma cor fantástica, esta brisa que está a soprar do meu lado esquerdo, está-me a tocar num certo ponto da face e a fazer-me arrepios na nuca"... Gosto de caminhar em parques, jardins, praia, onde haja natureza, onde me possa sentar no chão, na relva, inspirar bem fundo, tocar numa árvore, sentir o vento no corpo... Gosto de sentir a relva sobre os pés, a chuva na face, as gotas na pele... Gosto de passear sozinha acompanhada por música, ou então acompanhada por alguém, mas sem haver aqueles momentos constrangedores de demasiado silêncio ou demasiada conversa. Gosto de estar sempre acompanhada de música melancólica, pesada, ou leve, para o caso de variações de humor durante o dia. Gosto de ser abraçada, gosto de ser mimada, gosto de quando me fazem dar daquelas gargalhadas mesmo a sério... Gosto de ver um sorriso satisfeito e feliz na face dos outros, gosto de ver um olhar brilhante. Gosto que me limpem as lágrimas da face, mesmo sem as verem. Gosto de enterrar a cabeça naquela curva do pescoço e deixar-me ficar ali, segura. Gosto de beijinhos no nariz, brincadeiras com o nariz. Gosto de passear de mão dada. Gosto de ficar isolada. Gosto das saudades. Gosto de ouvir música "weird" a altas horas da noite, sabendo que não sou a única e que mais alguém, naquele exacto momento, o está a ouvir também. Gosto de ouvir línguas diferentes e de tentar aprender algumas palavras, vendo o ar surpreso e alegre das pessoas que se apercebem do nosso esforço. Gosto de deslizar sobre patins, equilibrar-me sobre duas lâminas, cair no frio e rir-me. Gosto do frio do inverno, em que nos enchemos de roupa. Gosto de brincar com bolas de neve. Gosto da sensação da montanha russa, quando nos dá aquele friozinho na barriga e podemos gritar à vontade que ninguém nos julga. Gosto de beber a água fresca de uma fonte de aldeia, depois de uma caminhada extenuante pelos caminhos de pedra. Gosto de comer chocolate, de o sentir derreter na boca, do gosto e da vontade de comer mais e sempre mais. Gosto de andar descalça em casa. Gosto de sentir a água correr pelo meu corpo no banho, e eu parar por uns momentos apenas para ver a água escorrer... Gosto de princesas e princípes encantados, das histórias de fadas, de desenhar vestidos de princesas, vesti-los... Gosto de ler uma boa história que me prenda de tal maneira que fique a noite acordada a lê-lo... Gosto de imagens a preto e branco. Gosto de animais. Gostava de aprender a tocar instrumentos, mas a preguiça é demasiada. Gosto de ouvir os problemas dos outros, e tentar encontrar alguma forma de ajudar, nem que seja um abraço. Gosto de partir à descoberta de um novo país, de uma nova cultura. Gosto de tanta coisa, tanta pequena coisa... Mas de que me serve isto? Queria seguir psicologia. Porquê? Porque com os estudos seria capaz de me perceber sem ter de recorrer a alguém. Mas apercebi-me que é uma contradição. Os psicólogos são alguém a quem recorremos para nos ajudar. E eu queria ser psicóloga em primeiro apenas para me ajudar a mim própria. Por isso, agora, pergunto-me. Gosto de muita coisa. Mas as coisas de que gosto não me ajudam a escolher um caminho. Só que desta vez é de vez. Já não posso voltar atrás ou pensar "oh, depois vê-se... posso sempre mudar". O futuro está a chegar. Já não falta muito tempo. E de cada vez que penso nisso, fico mais aterrorizada e com medo de acordar de manhã. Não sei o que o futuro me reserva, não tenho sequer a mais pequena ideia. Não sei o que quero que me reserve. Sei que sou obrigada a escolher e que, para não variar, como em toda a minha vida, não sei o que escolher.
Listening to Silence 4 - Search me Not ("Why should I stick around? Search me not, please search me not... The door bell it hurts my ears. Nailed my hands to the ground, I feed on my blood and tears... Search me not, please search me not... I am living such a beautiful thing... Nailed my hands to the ground, I'll grow myself some wings... I like to be alone. I do. I love the loneliness...")
Reflections in the Mirror