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quinta-feira, fevereiro 23, 2006

"Porque há chão e há caminhos. E às vezes escolhe-se."

in S.

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Junkie - Melvin Burgess

Houve um longo silêncio e depois ele disse esta coisa com piada: - Dente-de-leão.
Fiquei a olhar para ele, aquilo era tao fora de contexto. - Que é que isso quer dizer?
Ele abriu uma coisa parecida com um sorriso e encolheu os ombros; eu sorri de volta porque compreendi...

Ele tinha-me dado uma pintura que tinha feito de um dente-de-leão. Era uma imagem bonita. Não sabia o que dente-de-leão significava para ele, mas sabia o que estava a querer dizer. Estava a dizer que ainda me amava, mesmo que...
Eu queria dizer-lhe qualquer coisa... que lhe expressasse que gostava tanto dele, mesmo que não o amasse. Não podia dizer dente-de-leão, por isso disse: - Joaninha - veio-me à cabeça, foi só.



Ele riu-se e perguntou: - Porquê joaninha?


- Porque são bonitas - respondi-lhe -, toda a gente gosta delas, e são agradáveis e vermelhas... - ele começou a beijar-me a boca.
- ... e porque gostam de dentes-de-leão. Muito. - Toquei-lhe no nariz com a ponta do meu dedo, como se estivesse a reprendê-lo.
O Tar sorriu e acenou.
- Dente-de-leão.
- Joaninha.
- Dente-de-leão.
- Joaninha.
E eu amei-o de verdade naquele instante, mais do que a qualquer pessoa, mesmo que de manhã já toda essa sensação tivesse acabado.
Ele beijou-me na boca e enrolámo-nos o mais compridamente que conseguimos.

domingo, fevereiro 19, 2006

Elizabethtown

- Do you want to hear my theory?
- Of course.
- You and I have a special talent, and I saw it immediately.
- Tell me.
- We're the substitute people.
- The substitute people.
- I've been the substitute person my whole life. I'm not an Ellen. I never wanted to be an Ellen. And I'm not a Cindy, either. Although Chucks love me.
- I'm sure they do.
- I like being alone too much.

I'm hard to remember, but I'm impossible to forget.
You want to be really great? Then have the courage to fail big and stick around. Make them wonder why you're still smiling. That's true greatness to me.
Sadness is easier because its surrender.


sábado, fevereiro 11, 2006

Desaparecer por uns dias. Pouca coisa. Preciso fugir. Mas não posso ir ter contigo. Engraçado... Já nem sei para quem falo. Para mim própria, é certo.

Boas férias para todos.

sábado, fevereiro 04, 2006

O Sombra...

Hoje tive um sonho muito... fantasioso. Apesar de o poder colocar em forma de história, não sei como o fazer. As imagens continuam vividas na minha cabeça. E por muito que tente não o analisar, há alguns aspectos que não me largam a memória.

Era um dia de Primavera. O caminho de terra batida estava coberto de pó das árvores e havia uma ligeira brisa no ar que abanava suavemente os ramos cobertos de folhas e flores a nascer. Um grupo de amigos caminhava tagarelando, um encontro numa tarde de Domingo.
Mais à frente, duas raparigas passeavam. Uma com cabelos escuros longos, lisos, que esvoaçavam ao vento e a outra com um olhar ausente, perdido. Os rapazes viram-nas e começaram-se a meter com elas. A rapariga do olhar triste não é de ficar calada. Respondeu, e eles não gostaram. Aproximaram-se e rodearam-nas.
De repente, uma mancha começou a sugir sob a sombra de uma árvore. "Deixem-nas em paz...". A rapariga olhou para o lado e reconheceu-o. O Sombra. Manto, cabelo, olhos, todo ele envolto em escuridão.
Os rapazes assustaram-se. Era o Sombra. O ser que todos temiam. Que surgia através das sombras e atacava sem piedade. Aquele cujas íris não se diferenciavam do resto dos olhos, pois tudo neles era negro.
Fugiram. Correram sem parar. E a rapariga continuava a olhar para o Sombra, fascinada. Ele correspondeu. E apanhou-a na escuridão, deixando a outra rapariga para trás, a gritar.
~~~
Contorcia-se nas mãos do Sombra, sem saber porque tinha sido levada. Mexia-se, numa tentativa de se libertar, mas ele não a largava. As suas mãos fechavam-se em volta da sua cintura, mãos do tamanho de uma viatura... Não a esmagavam, mas mantinham-na presa, impossibilitando a sua fuga.
"Porquê?!"
~~~
Foi abandonada no rés-do-chão de um prédio. Tinham havido algumas negociações. Helicópeteros sobrevoavam a zona, todos no prédio estavam à janela, a ver o seguimento dos acontecimentos. O Sombra, lá do alto, sob a protecção do prédio da frente, apontou na direcção da rapariga e virou costas. Rapidamente, vários holofotes se direccionaram para o rés-do-chão. Ouviram-se aplausos, assobios, "vivas", mas tudo o que a rapariga queria, era perceber.
Ignorou a manifestação entusiástica da população e saiu pela porta. Subiu as escadas e, em vez de se dirigir para a saída do prédio, continuou a subir. Quando deu por si, estava a passar por uns corredores de um centro comercial.
A amiga dos cabelos compridos juntou-se-lhe. Deu-lhe o braço e seguiram caminho, a falarem sobre o que tinha acontecido. Todos viravam a cabeça para ver a rapariga passar. Entraram numa loja, onde duas raparigas estavam a discutir e a chorar. Foi até elas e pôs as mãos sobre as bocas de ambas. Elas olharam-na e as suas expressões logo se suavizaram. Quando virou costas e puxou a amiga para fora da loja, pôde ver o abraço e beijo que as raparigas trocaram.
As duas seguiram, rindo-se pelo que tinha acabado de acontecer. Um rapaz apareceu, foi de encontro a elas e, disfarçadamente, colocou um isqueiro no bolso de trás da rapariga de cabelos compridos.
"Desculpa, deixaste cair isto..."
A rapariga de olhos tristes tirou o isqueiro do bolso das calças da amiga e entregou-o ao rapaz. Ele tinha cabelo negro e sobrancelhas espessas também elas negras. Mas os olhos é que lhe chamaram a atenção. Eram castanhos-esverdeados. Usava óculos, sem aros, e tinha uma expressão bastante juvenil.
"Ah... Obrigado... Olha lá, não és a namorada do Sombra?"
A rapariga fez um ar impaciente e decidiu ignorar. Seguiu caminho com a amiga, mas ele juntou-se-lhes. Foram a conversar até à saída. A amiga sempre a sorrir e a mandar palpites, a dizer-lhe para aproveitar. Mas Ele surgiu. Apareceu vindo da direita e acenou na direcção dela. Era igualzinho ao rapaz, mas possuia aquela tristeza no olhar. A expressão era mais cansada, o aspecto mais melancólico. Era Ele. O Sombra. Ela sempre soube.
Depressa ignorou o rapaz a seu lado e correu para Ele. Saltou-lhe para cima, deu-lhe um beijo na bochecha e abraçou-o com toda a força. Ambos se riram, alegres pelo reencontro. Olharam-se nos olhos e ele acabou por pousá-la no chão.
"A minha namorada está à minha espera."
A rapariga percebeu. Parou de sorrir e acenou com a cabeça. Ele apontou na direcção do rapaz e olhou-a persistentemente.
"Devias aproveitar."
Ambos olharam para trás, onde a amiga e o rapaz estavam à sua espera. A rapariga baixou o olhar para o chão. Dirigiram-se até eles, e seguiram para a porta de saída. O Sombra e a amiga iam à frente, enquanto ela e o rapaz ficaram cada vez mais para trás, para desespero dela.
"Mais importante que o deixares ir, é libertares-te."
A rapariga olhou para o rapaz e parou. Não soube dizer quando tempo ficou lá, mas quando voltou a conseguir mexer-se, estava sozinha. Encostando-se à parede do lado, deslizou até ao chão, atrás de uma coluna, e chorou.
E Ele apareceu. Através das sombras das paredes e das colunas, vi-o chegar e aproximar-se. Vinha como Sombra outra vez. Debruçou-se sobre ela e abraçou-a, envolvendo-a com a sua longa capa negra.
"Tem de ser..."
Explicou-lhe que tinha criado aquele rapaz, igual a ele, de forma a poder ajudar-la. Que ele era o Sombra, que não podia ficar com ela. Que lhe tinha dado o rapaz como substituto.
"Mas eu não quero o rapaz... Quero-te a ti, o Sombra..."
"Não é possível... Lamento..."
Deu-lhe um beijo e desapareceu. E ela ficou a chorar.
~~~
Meses passaram, e a rapariga namora com o rapaz. Desde aquela vez nunca mais viu o Sombra.
Está a correr no mesmo caminho onde foi levada pelo Sombra. Com os auscultadores nos ouvidos, corre sem parar, sem pensar em nada. Pequenas flores e animais começam a aparecer e a desaparecer na sua frente, mas ela não liga. Acha engraçado.
Uma súbita sensação de perigo toma conta dela. Olha para trás e vê-os. São um grupo, disfarçados de corredores. Decide parar e deixar-se ficar para trás, a ver o que eles vão fazer. A amiga aparece e puxa-a na direcção contrária. Começam a andar na direcção contrária, passando o grupo. Suspirando fundo, ambas falam animadamente sobre os planos para essa noite. Mas a falsa sensação de segurança rapidamente é sobreposta com a do perigo iminente, quando vê outro grupo na sua frente. Olha para trás e vê o outro grupo a correr na sua direcção.
Assustada, salta o muro e corre pelo jardim do patamar superior. Corre, corre, corre, desviando-se de árvores, pessoas, trabalhadores, até chegar à saída do parque. Um carro tapava-lhe a saída. Sem tempo para travar, bateu contra o carro, onde viu mais pessoas como aquelas que a seguiam. Rodeou o carro e correu pela rua de sentido único.
O seu instinto era fugir. Correu até a noite cair. Escondeu-se numas escadas, ocultas pela escuridão e chorou. Chamou e gritou por ele, mas ele não apareceu. Sabia que não podia escapar. Sabia que não havia fuga possível.
Acertou. Eles apareceram. Rodearam-na. Levantaram-lhe a camisola e uma barriga proeminente ficou à vista.
"Não, por favor, não..."
Era a única ligação ao Sombra. Uma dor forte, aguda. Agonizante. E depois, tudo ficou preto. E ele nunca veio.
Enfim... E esta é a história do meu sonho. Cortei algumas partes que não me recordava muito bem... E outras que não faziam muito sentido. Anyway... Tive a investigar na net se existia algum herói "Sombra", mas só vi dois, e nenhum deles se encaixa nesta descrição. Criei um super-herói :)

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Se o avô fosse vivo faria hoje 87 anos... E teria uma bisneta fantástica... E divertir-se-ia a brincar com ela, a levá-la aos baloiços, a adormecê-la quando faz birras, a entretê-la para ela comer. Se ele fosse vivo, teria assistido ao crescimento das netas. Se ele fosse vivo, talvez a minha avó não tivesse degenerado tão depressa. Ou talvez, se ele fosse vivo, tivesse de viver com a constante desilusão de ver a mulher que amava assim. Por isso, talvez tenha sido melhor desta forma.


Parabéns, avô.
Reflections in the Mirror