We walk a lonely path...

Departure...

Às vezes...

O teu olhar...

Porquê? Mas porquê? Porque é que me deixo afectar ...

O pesado fardo da minha consciência...

Hoje peguei naquele ser frágil e sereno e levei-o ...

Como é que uma coisa tão pequenina me consegue faz...

A felicidade paga-se?

Inês

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quinta-feira, abril 28, 2005

Devaneios... [Se não tens o que gostas, gosta do que tens]

O que fazer quando as lágrimas não páram...? Quando damos por nós a chorar copiosamente, ao ponto de ficar com a vista turva e a garganta arranhada por tentarmos conter os soluços...? O que fazer quando a noite se aproxima e damos por nós parados, imóveis, como se nem humanos fossemos, despojados de vida...? Parados no tempo... E o constante medo de dormir de noite... Não tanto o medo de adormecer, mas o medo de acordar... As minhas noites têm vindo carregadas de mal-estar, lágrimas e solidão... Faz-me lembrar as últimas férias em Vila Real... Em que me perdia na noite, me confundia com as árvores, me misturava com a chuva que caía... E afligia toda a gente... Agora já ninguém se aflige... Já é habitual... Tornou-se normal... Até para mim... It's funny... No outro dia, numa aula, a prof perguntou-nos se seriamos capazes de tomar uma pílula para apagar as emoções... Ficaram todos muito escandalizados, e eu fiquei calada. A ponderar na questão... Talvez... Às vezes, acho que sim... Que seria capaz de tomar. Mas não se pode confundir emoções com sentimentos... E poderíamos apagar as emoções, mas os sentimentos estariam lá, e são esses sentimentos que nos fazem sentir as emoções... Sem as emoções, como é que iriamos perceber os sentimentos? Deixá-los passar cá para fora? Acho que no fundo, seria tudo muito mais complicado... Acho que hoje tomaria meia pílula... Nem que fosse para poder acordar bem amanhã. But then again... Qual será o limite da resistência humana? Há uns tempos atrás (há já algum tempo, da última vez que fui a casa da Xana), até o pai dela reparou que eu não estava bem... Já nessa altura, ela dizia-me que eu não iria aguentar muito mais tempo assim... Hoje, passados uns bons meses, pergunto-me até que ponto irei aguentar. E, acima de tudo, aguentar o quê? Tenho vivenciado emoções para as quais não percebo a lógica. Não consigo corresponder-lhes um sentimento, dar-lhes uma explicação. Apenas sei que me sinto mal, que me falta alguma coisa, que me sinto incompleta, vazia, e sem perceber o que tenho afinal de contas. Até quando...? O que fazer nestas noites...?
(não deve fazer sentido nenhum, foi escrito sem parar e sem pensar no que estava a escrever)
Reflections in the Mirror