Ok, muito bem... Ponto da situação neste fim-de-semana em Vila Real... Rodeada de velhotes que não me dão um minuto de paz, dores de cabeça o tempo todo, não me consigo concentrar naquela paz de espírito que o campo me transmite, uma pressão enorme dentro do meu peito como se tivesse algo prestes a explodir, vontade de desaparecer do mapa sem que ninguém desse pela minha falta, situação crítica com o afilhado da minha mãe que quase morreu por causa de uma grande depressão (e a mãe dele tem passado os dias aos berros contra todos, porque ninguém fez nada enquanto era tempo). Vontade de ser psicóloga e mais velha para poder ajudar estas pessoas, principalmente o Carlos. E impressionante como a ideia de poder não voltar viva da Croácia (apesar de absurda), não me afligir minimamente. Não te preocupes, já vais ter o Favole nas tuas mãos entretanto, menos mal, não é? Queria tanto vir morar para aqui, sozinha, numa casa com uma varanda que tenha uma vista linda e uma lareira que aqueça a casa no inverno... E podiam-me vir visitar de vez em quando, passar o ano novo aqui, ou umas férias com ar puro. Longe de tudo. De todos. Do sufoco que se tornou a minha "casa". Este fim-de-semana está a ir por água abaixo... Assim como eu...
(escrito em vila real, lido por pai.)
P.S.: A afirmação "E os dias são pequenas manchas de cor sem ninguém", é do Al Berto, confirmado pela minha fonte.
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