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quinta-feira, outubro 20, 2005

"Foste um bom robot hoje?"
Não... Não fui... Pensei demasiado em cada uma das minhas acções. Senti demasiado cada um dos meus passos. Dei demasiada importância ao bater do meu coração, à passagem das nuvens, ao movimentos das pessoas, aos metais ambulantes. Dei por mim a querer fugir. Dei por mim a sentir-me engolida pelo mundo. E sempre aquela concentração na respiração "um, dois, três, inspira... um, dois, três, expira...". Sempre. "Não penses noutras coisas, sabes que só magoa..." Respiração. "um, dois, três, inspira... um, dois, três, expira..." Apetecia-me tanto gritar e com esse grito, fazer com que tudo desaparecesse. Tudo. Corri. Corri durante 10 minutos e parei exausta, com lágrimas nos olhos. Limpei-as com raiva. Fraca. Encostei-me ao muro. Respiração. Pensa na respiração. Foca-te na respiração. Controla-te. Alguma vez imaginaste a vida assim? Eu não. Não sei que ideia faço da vida, mas tenho a certeza que não é nada disto. A constante pressão dentro da cabeça, do peito, dos pulmões, na garganta, nos ossos. "Tens tudo o que precisas para ser feliz. Não tens motivos para estar tão desmotivada em relação à vida." E se não for suficiente? E se para mim não for suficiente? Se eu tiver exactamente aquilo que não preciso para ser feliz? Apetecia-me chorar. Chorar com aqueles soluços que nos sufocam. Em vez disso, ergui-me e entrei em casa. "Então? Apresentação e só chegas a estas horas?" "Pois é... A apresentação demorou as duas horas afinal... A Inês, portou-se bem?".
Preciso de aprender a viver.
Reflections in the Mirror