António Lobo Antunes - Os Cús de Judas

"Porque há chão e há caminhos. E às vezes escolhe-...

Junkie - Melvin Burgess

Elizabethtown

Desaparecer por uns dias. Pouca coisa. Preciso fug...

O Sombra...

Se o avô fosse vivo faria hoje 87 anos... E teria ...

Poema do dia 2 de Janeiro de 2006

How did we grow to be this far apart?

And suddenly... I found myself crying... Thinki...

Powered by Blogger


quinta-feira, março 09, 2006

Nada.

E então, alguém disse
"Sabes, tu e eu podíamos dar certo... Se nos juntassemos, dariamos certo de certeza. Nunca tive tanta certeza de algo como tenho disso. Imagina... Já não nos falávamos há imenso tempo... Há tanto tempo que já nem me avisavas que cá vinhas. Ias almoçar a um restaurante e eu estava lá. Não me reconhecias, mas eu saberia logo que eras tu. Sentas-te sozinha numa mesa, e eu levanto-me e sento-me na tua frente, calado. Olhas-me assustada, porque estás num sítio estranho e tens alguém estranho sentado na tua mesa, a olhar-te de uma maneira arrepiante. E, de repente, lembras-te. Começamos a falar e mal saímos dali, é como se sempre tivessemos estado juntos. Acabavas por ficar por lá, e assim podíamos ir ao cinema de tarde, jantar fora... À noite ias ver o meu concerto ao bar, e no fim saltavas para o palco, tiravas-me a guitarra e abraçavas-me. Mais tarde, teríamos uma menina. Com cabelos loiros aos caracóis e olhos azuis. Linda e feliz como a mãe. Não acreditas? Eu acredito."

Ah e tal... Neste momento, se tivesse uma arma comigo, já teria dado um tiro na cabeça. Mas sabem como é... Smile on, hang on... Não sei o que se passa comigo. Quero escrever como escrevia antes, mas nada sai. Queria falar como falava antes, mas também nada sai. Quero sentir como antes, e mais uma vez, nada sai. Às vezes, torna-se desesperante.
Reflections in the Mirror