Amor

Couple under the night sky (click)The Juliana Theo...

A minha menina vai ser lutadora de boxe!

Inês linda, agora mesmo :)E sim, os olhinhos são m...

@ A Silver Mount Zion - Built Then Burn (Hurrah! H...

Os nossos sonhos dissolvem-se lentamente onde os e...

José Luís Peixoto - LunarE lembro-me de ti como um...

Finger Eleven - Stay and DrownGood God have I been...

Devaneios de uma idiota chapada.

Um ano...

Powered by Blogger


domingo, junho 12, 2005

Devaneios... (tarde demais?)

Sim... Hoje é um daqueles dias em que estamos tão em baixo que é impossível inserir-nos na vida real. É um daqueles dias em que espreitamos o mundo através de um vidro muito fosco. Em que estendo a mão na tua direcção, mas ela embate no vidro. Um dia em que tudo está errado. Não podia ser sempre como naquele dia no jardim? Em que ouvímos o piano? É esquisito... De cada vez que me lembro que acabou dá-me vontade de vomitar... De cada vez que me vejo incapaz de fingir, caio num estado tão deprimente que é impossível manter-me à tona nas minhas próprias lágrimas... Nunca me viste assim... Suponho que nunca verás. Apenas pudeste ver uma pequena demonstração de como fico. Uma pequena... Será que passou? Prometemos que estaríamos sempre aqui um para o outro... Não faz sentido... Não faz... Onde estás? Quero ver-te... Não para me acalmar, não para me sentir melhor... Quero ver-te porque não sei como estás... Dói que já não precises de mim... Dói que já não seja como naquela tarde. Já não sei o que dói. Dói-me tudo, não me dói nada. Será que nos habituamos à dor? Achas? E por isso nos tornamos incapazes de ter uma vida plena? Andamos sempre mergulhados na dor, muitas vezes sem a consciência disso? O que se passa connosco? O que aconteceu? Porque é que és capaz de ir embora e eu não...? Porque és capaz de te tapar com um manto tão negro que se torna impossível ver-te, e eu apenas me cubro de um vidro fosco, que mostra uma imagem de mim, mas não tudo? Estás a desaparecer... Já pouco reconheço das tuas costas lá ao fundo... Não te consigo prender aqui... Tento, mas não consigo. Adeus... Volta... Não... Não vou pedir que voltes... Vai mas acaba comigo de uma vez... Não vás simplesmente assim, porque levas contigo uma parte de mim sem a qual não posso viver. Vai, mas acaba comigo primeiro. Para que tu possas ter descanso e para que eu possa descansar. Não vás... Tarde demais... Tarde demais...
Reflections in the Mirror