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quarta-feira, agosto 31, 2005

Porque é que ainda sinto borboletas na barriga de cada vez que ouço/vejo o teu nome?

segunda-feira, agosto 29, 2005



Sinto a raiva correr pelas minhas veias... Abro e fecho as mãos, estalo os dedos, mordo os lábios, abano as pernas... Qualquer dia... Expludo...

domingo, agosto 28, 2005

Ok, muito bem... Ponto da situação neste fim-de-semana em Vila Real... Rodeada de velhotes que não me dão um minuto de paz, dores de cabeça o tempo todo, não me consigo concentrar naquela paz de espírito que o campo me transmite, uma pressão enorme dentro do meu peito como se tivesse algo prestes a explodir, vontade de desaparecer do mapa sem que ninguém desse pela minha falta, situação crítica com o afilhado da minha mãe que quase morreu por causa de uma grande depressão (e a mãe dele tem passado os dias aos berros contra todos, porque ninguém fez nada enquanto era tempo). Vontade de ser psicóloga e mais velha para poder ajudar estas pessoas, principalmente o Carlos. E impressionante como a ideia de poder não voltar viva da Croácia (apesar de absurda), não me afligir minimamente. Não te preocupes, já vais ter o Favole nas tuas mãos entretanto, menos mal, não é? Queria tanto vir morar para aqui, sozinha, numa casa com uma varanda que tenha uma vista linda e uma lareira que aqueça a casa no inverno... E podiam-me vir visitar de vez em quando, passar o ano novo aqui, ou umas férias com ar puro. Longe de tudo. De todos. Do sufoco que se tornou a minha "casa". Este fim-de-semana está a ir por água abaixo... Assim como eu...
(escrito em vila real, lido por pai.)
P.S.: A afirmação "E os dias são pequenas manchas de cor sem ninguém", é do Al Berto, confirmado pela minha fonte.

quinta-feira, agosto 25, 2005

Fecho os olhos, porque não quero ver. Não quero ver a realidade formar-se de novo diante destas íris cansadas. Quero manter-me sempre afastada deste sítio a que chamam casa, da confusão da cidade, da simples pressão do oxigénio sobre os meus pulmões asfixiados. Quero fugir para a Neverland, ou talvez limitar-me a um qualquer conto de fadas, onde tenha sobre mim um céu infinito, atrás uma extensão de floresta e diante de mim o mar. Já não me aflige a solidão. Não me afligem estas quatro paredes brancas que me ferem os olhos. Não me aflige que me vejam chorar. E muito menos que me vejam com o negro que cobre o meu coração. Estou cansada e farta de me preocupar. Farta de esperar uma ajuda que nunca vai chegar. Farta de abrir a boca e nem um sussurro me sair. Farta deste olhar triste, deste olhar de merda que ninguém parece compreender. Este olhar que me mata através do reflexo no espelho. A transbordar de dor. Sempre. Feridas abertas. A sangrar constantemente. Fecho os olhos, porque não quero ver. Não quero, não quero ver, não quero ouvir, não quero sentir nada! Quero regressar ao meu mundo, à apatia, ao desfrutar dos dias sem pensar em nada, sem sentir nada senão o terrível e assombroso prazer de respirar aquele ar, de ver aquelas cores, de sentir aquelas texturas. Hoje quero simplesmente adormecer como se me levassem daqui. Nem vou impedir as lágrimas que correm. Já nem me dou ao trabalho de as limpar. Fazem parte de mim, daquela parte mais negra que só dá de si de vez em quando, como hoje, como ontem, como todos os dias. Quase ninguém as vê. Nem tu. Só aqui, num sítio onde te guardei, me olhas como se fosses um reflexo do meu próprio olhar e vejo em ti a paz e o medo. O amor e o ódio. Foste tudo e não foste nada. Mas já não importa. Hoje, só hoje, admito que a escuridão me apanhou e que não me importa, porque é nela que quero viver, à minha maneira. Envolver-me nela já não é de modo algum tenebroso, mas sim levemente acolhedor. Mas fazes-me falta aqui, a meu lado. Fazem-me falta as tuas lágrimas, os teus olhos, as tuas mãos que me limpavam a face e me faziam sorrir. Sinto falta de limpar as tuas próprias lágrimas e de te embalar no meu colo. Mas já não importa pois não? A escuridão tomou posse dos meus olhos e agora, as minhas lágrimas são negras como carvão, como o meu coração. E só queria fechar os olhos e não ver. Mas vejo tudo.

sábado, agosto 20, 2005



"E os dias são pequenas manchas de cor sem ninguém."

Apenas uma citação que recebi, há uns tempos, por sms. Não sei de quem é, sei apenas quem ma mandou. E ao ver este nascer-do-sol, nenhum outro pensamento me passava pela cabeça.

sábado, agosto 13, 2005

Parece que este ano não estou a escrever muito, não é? Estou mais calada que nunca, e nunca me senti tão afastada do mundo como agora. As pessoas falam de mim como se fosse fantástica, muito calma, muito boa pessoa. Que a minha mãe teve muita sorte com as filhas. Vê-se tão bem que não nos conhecem... Quero dizer, passam um mês connosco durante o ano, e pensam logo que a máscara que todos usamos no dia-a-dia é o que realmente somos. Não, não me conhecem de todo, não vêem as lágrimas que se escondem por detrás dos meus olhos, nem a minha apatia face à vida disfarçada de calma. E por outro lado, pensamos que conhecemos bem as pessoas com quem vivemos e depois vimos a descobrir que aqueles que nos criaram também cometeram erros, que não são perfeitos e apesar de tentarmos impedi-lo, transformam-se numa enorme desilusão, embora não nos diga qualquer respeito. O que é viver 19 anos debaixo do mesmo tecto com umas pessoas só mostram o essencial? E quando ficamos a saber da outra face e vemos um monstro, aos olhos de alguém que é dos seus melhores amigos? Durante este tempo todo, tenho-me perguntado se serei só eu, se serei a ovelha negra de um conjunto de pessoas e agora deparo-me com isto. Sou tal e qual como o meu pai... Escondo-me de mim e dos outros, adopto uma máscara que agrada a todos, atropelo quem se meter no meu caminho, magoo os que me são mais próximos... I'm just like him and it hurts so much to know that... Para mim ele era apenas um pai, um ser humano normal, com os seus defeitos e também as suas qualidades, mas agora... Não posso ser como ele, pois não? Não me quero tornar nele, não quero fazer sofrer alguém como a minha mãe sofreu... A minha mãe fez de tudo para nos proteger, para nos proporcionar tudo o que ela não teve e agora como é que eu posso destruir isso como o meu pai fez? Não é nada comigo, nem sequer devia pensar nisso, muito menos desta maneira, mas não consigo... You tried to fix me... You tried so hard... E não conseguiste... Não conseguiste porquê? Porquê? É tão estúpido... Como é que podes perceber algo que eu não consigo explicar, certo? Apetece-me bater-te. Não porque te culpe de alguma coisa, mas porque me tornei numa desilusão contigo. Começaste a gostar de mim e a partilhares-te comigo e eu nem sabia o que vias em mim. Não sei o que viste em mim. Queria tanto valer alguma coisa, ter algo realmente único, mas sem aqueles sonhos, o que é que eu tinha? O que é que tínhamos? Disseste que estavas aqui. Que agora, que estavamos distantes devia ser mais fácil abrir-me, voltar a confiar na tua amizade. Mas não percebo, nunca percebi o que me pedias. Não sei como te dar isso e por isso me sinto assim só, porque foste o único a pedir-me algo que eu não sei como dar. Entregar-me. Só isso. Percebo porque te foste embora, porque continuaste o teu caminho. Mas a parte irracional dentro de mim odeia-te por não me teres conseguido ajudar. Se me tivesses libertado disto, de mim própria, eu teria sido tua. Mas não conseguiste e dizes que a culpa foi minha, que não te deixei entrar, que não te dei espaço para me ajudares. Mas como pode ser isso verdade se os meus estilhaços cada vez me dilaceram mais por dentro? Eu mandei-te embora porque nos estavamos a magoar cada vez mais e ao menos agora estás bem, por isso não me arrependo. Mas fazes-me tanta falta... Foste o único que realmente se interessou, se preocupou, e eu só queria que tivesses conseguido derrubar as minhas barreiras. Queria que me ajudasses a conhecer-me, mas o único reflexo meu em ti foi o de um monstro. Um monstro como o meu pai. Certamente um exagero, mas... Quem, Marco...? Quem sou eu? O que sou eu? O que há em mim que valha um pouco que seja? O que viste em mim que te fez amar-me? Os sonhos? O quê?! O QUÊ?!! O quê...? Gostava de poder chorar toda a dor e mágoa que vão cá dentro, para acabar com este sufoco e apatia e confusão... I'm so lost... E ninguém parece ser capaz de me ajudar... Cada vez mais caio num poço negro e vazio e ninguém parece sequer dar conta... Será preciso gritar? Talvez atirar-me de uma varanda abaixo para chamar a atenção? Hoje sonheio que me embebedava só para te chatear e assim notares como me dói tanto cá dentro e que dizes não me querer ver magoada, mas a cada dia que passa se torna pior. Mas tens razão. Ninguém pode fazer nada por mim. A vida devia ser menos complicada do que parece, não achas? Um dia havemos de aprender a dizer adeus, amor. Dorme bem.
Sempre tua, cá dentro.
Sofia.
P.S.:E porque raio acabo sempre por me dirigir a ti em tudo o que escrevo?!

segunda-feira, agosto 08, 2005

Era tão visível que ela precisava de ajuda... Mesmo ali, rodeada de pessoas que se riam, e ostentando um sorriso de orelha a orelha, era impossível não reparar no olhar fugidío dela e nos olhos algo brilhantes. No entanto, ninguém parecia notar o desespero silencioso dela, nem aqueles que se sentavam mais próximos. Parecia uma festa, uma celebração, embora ele não percebesse muito bem do quê. Já se tinha passado tanto tempo e ela ainda continuava igual à última vez que a tinha visto, tirando, talvez, alguns pormenores do aspecto físico. Nunca descobrira o que a fizera crescer com aquela amargura tão grande. Quando a conhecera, não lhe parecera infeliz e sempre que estavam juntos, era perfeito. Pensando bem, desde a primeira vez que a vira, sempre tivera aquele olhar, sempre se escondera por detrás de um sorriso ou de um silêncio, e nunca lhe parecera muito feliz. Pensara que podia mudar isso, que podia torná-la menos infeliz, que juntos podiam mandar a vida à merda e recomeçar tudo de novo, mas ela nunca parecera querer mudar. Lutara tanto para a ajudar, para a soltar... Apetecia-lhe abraçá-la e embalá-la nos seus braços, até que por fim se libertasse daquelas lágrimas que nunca vira. Era tão fraca, tão frágil... E julgava-se tão forte, tão capaz de aguentar tudo sozinha... Na verdade, quando a deixou, queria-lhe provar que não, que seria incapaz de viver assim para sempre. Ela sofreu, sim, sofreu muito com a partida dele. Mas ela própria ajudara a que isso acontecesse, quando se fechou cada vez mais e não o deixou entrar. Tinha a certeza que o amava, assim como não tinha qualquer dúvida de que a amava, a cada pedacinho dela, mesmo aqueles defeitos que mais odiava. Mas havia algo nela que ele desconhecia, aquilo que a impedia de o amar, que ela insistia que não existia. Ainda gaora, enquanto a observava de longe, escondido pelas sombras das paredes, mantinha a convicção de que ela possuía algum segredo, algo que não queria contar a ninguém. Teria dado tudo para a ajudar, para lhe mostrar que podia confiar nele, que ele só queria ficar com ela para sempre, conhecer a verdadeira pessoa dentro dela, aquela que se escondia mesmo ali, no olhar que ninguém parecia notar. Como se não fosse surpresa alguma, ela olhou-o do outro lado da sala, com aquela luz no olhar que só lhe dirigia a ele. Ou se calhar era apenas um efeito das suas próprias lágrimas que lhe escorriam pela face perante o reconhecimento dela. E mais uma vez a raiva diante daquele "Amo-te mas nunca me terás, desculpa.". A raiva por tudo o que ela deitara fora, por ter estragado a vida a ambos, matando todos os sonhos que tinham construído juntos. A raiva por esconder coisas dele, por não confiar nele, por não o deixar entrar de novo no coração dela, o único sítio onde se sentiu protegido. E então, a rapariga voltou da casa-de-banho e sentou-se em frente dele. Já nem se lembrava que estava ali com ela. Ela apercebeu-se que algo se passava. Não queria esconder nada dela, mas naquele momento não lhe apetecia falar do que se passava. Assim, pediu-lhe para se irem embora e levantaram-se ambos, virando mais uma vez as costas àquele olhar desiludido, sem olhar para trás e desejando poder esquecê-la. Olhou para a rapariga a seu lado, que o fixava com um ar preocupado, e estendeu-lhe a mão. Ele apertou-a na sua e fez-lhe uma festa com o dedo. Enquanto caminhavam pela noite, a memória daqueles olhos tristes que deixara para trás perseguia-o, assim como aquele sussurro transportado pelo vento, que o atacava directamente no coração como uma faca aguçada: "A minha mão na tua..."
Reflections in the Mirror