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segunda-feira, março 27, 2006

Sentir. Sentir o quê? Sensações? O chamado tacto? Contacto corporal? Oh, sinto imenso. A toda a hora, mesmo. Sinto mais do que me apercebo. Atrever-me-ia a dizer que sinto demais. Tanto que metade dessa percepção me passa completamente ao lado.
Mas e o resto? Aquele sentir que dizem que vem cá de dentro? (seja esse dentro onde for...) Aquele que, de facto, nos faz sentir um todo? Esse sim, pergunto-me, se não será a menos na minha existência. Realmente, de dentro, pouco me chega. Recebo é informações do exterior que acomodo cá dentro, apropriando-me delas e lidando com elas como se fossem minhas.
Tento ser diferente. Mudar aquilo que não me agrada em mim, que não me faz sentir bem. O problema... É que nem tenho muita consciência disso. Sentir é essencial para viver, no sentido mais amplo da palavra. Mas exteriorizar também é importante. Tento escrever. Há tanto tempo que não escrevo... Tento, tento, tento, tento... Mas o que hei-de eu exteriorizar? Não tenho nada para passar para o papel/monitor. Nada. Começo a escrever letras de canções. Palavras de outros. Sentimentos de outros. Quero escrever e não consigo. (E quando carreguei em publish post, a minha internet foi-se abaixo... será um sinal?) E já nem me chateia. Simplesmente, ignoro. Pouso a caneta e vou fazer outra coisa.
Sei que me chamam de masoquista... Porque a maioria dos sentimentos que usurpo são "maus". De dor, de solidão, sei lá bem do quê. Costumo chamar-lhe "the dark side". Lol. Ridículo, talvez. Tiro algum conforto desses sentimentos. É algo que conheço. Claro que também luto por obter outros sentimentos. A alegria, a excitação, o entusiasmo, o conforto, o alívio, sei lá... Mas sinto sempre aquele bichinho cá dentro a comer-me a cabeça. A dizer: "tás a mudar porquê? Porque procuras isso? Por quem? Para quê?". E, basicamente, são perguntas para as quais não tenho resposta.
E dou por mim a ter saudades da tua mão fria a espremer-me o meu coração, levando-me a chorar desalmadamente, e a gritar, e a fugir, a desesperar, a abraçar essa dor tão tua, que a tornei minha sem saber... Já não me lembro do sabor das minhas lágrimas... Mas o pior, é que já não me lembro das tuas.

quinta-feira, março 09, 2006

Nada.

E então, alguém disse
"Sabes, tu e eu podíamos dar certo... Se nos juntassemos, dariamos certo de certeza. Nunca tive tanta certeza de algo como tenho disso. Imagina... Já não nos falávamos há imenso tempo... Há tanto tempo que já nem me avisavas que cá vinhas. Ias almoçar a um restaurante e eu estava lá. Não me reconhecias, mas eu saberia logo que eras tu. Sentas-te sozinha numa mesa, e eu levanto-me e sento-me na tua frente, calado. Olhas-me assustada, porque estás num sítio estranho e tens alguém estranho sentado na tua mesa, a olhar-te de uma maneira arrepiante. E, de repente, lembras-te. Começamos a falar e mal saímos dali, é como se sempre tivessemos estado juntos. Acabavas por ficar por lá, e assim podíamos ir ao cinema de tarde, jantar fora... À noite ias ver o meu concerto ao bar, e no fim saltavas para o palco, tiravas-me a guitarra e abraçavas-me. Mais tarde, teríamos uma menina. Com cabelos loiros aos caracóis e olhos azuis. Linda e feliz como a mãe. Não acreditas? Eu acredito."

Ah e tal... Neste momento, se tivesse uma arma comigo, já teria dado um tiro na cabeça. Mas sabem como é... Smile on, hang on... Não sei o que se passa comigo. Quero escrever como escrevia antes, mas nada sai. Queria falar como falava antes, mas também nada sai. Quero sentir como antes, e mais uma vez, nada sai. Às vezes, torna-se desesperante.

quarta-feira, março 01, 2006

António Lobo Antunes - Os Cús de Judas

O tempo trouxe-nos a sabedoria da incredulidade e do cinismo, perdemos a franca simplicidade da juventude com a segunda tentativa de suicídio, em que acordámos num banco de hospital sob o olho celeste de um S. Pedro de estetoscópio, e desconfiamos tanto da humanidade como de nós mesmos, por conhecermos o egoísmo azedo do nosso verniz generoso. Não é em si que não acredito, é em mim, na minha repugnância de me dar, no meu pânico de que me queiram, na minha inexplicável necessidade de destruir os fugazes instantes agradáveis do quotidiano, triturando-os de acidez e ironia até os transformar em cerelac da chata amargura habitual. O que seria de nós, não é, se fôssemos, de facto, felizes? (...)
Reflections in the Mirror