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quinta-feira, abril 28, 2005

Devaneios... [Se não tens o que gostas, gosta do que tens]

O que fazer quando as lágrimas não páram...? Quando damos por nós a chorar copiosamente, ao ponto de ficar com a vista turva e a garganta arranhada por tentarmos conter os soluços...? O que fazer quando a noite se aproxima e damos por nós parados, imóveis, como se nem humanos fossemos, despojados de vida...? Parados no tempo... E o constante medo de dormir de noite... Não tanto o medo de adormecer, mas o medo de acordar... As minhas noites têm vindo carregadas de mal-estar, lágrimas e solidão... Faz-me lembrar as últimas férias em Vila Real... Em que me perdia na noite, me confundia com as árvores, me misturava com a chuva que caía... E afligia toda a gente... Agora já ninguém se aflige... Já é habitual... Tornou-se normal... Até para mim... It's funny... No outro dia, numa aula, a prof perguntou-nos se seriamos capazes de tomar uma pílula para apagar as emoções... Ficaram todos muito escandalizados, e eu fiquei calada. A ponderar na questão... Talvez... Às vezes, acho que sim... Que seria capaz de tomar. Mas não se pode confundir emoções com sentimentos... E poderíamos apagar as emoções, mas os sentimentos estariam lá, e são esses sentimentos que nos fazem sentir as emoções... Sem as emoções, como é que iriamos perceber os sentimentos? Deixá-los passar cá para fora? Acho que no fundo, seria tudo muito mais complicado... Acho que hoje tomaria meia pílula... Nem que fosse para poder acordar bem amanhã. But then again... Qual será o limite da resistência humana? Há uns tempos atrás (há já algum tempo, da última vez que fui a casa da Xana), até o pai dela reparou que eu não estava bem... Já nessa altura, ela dizia-me que eu não iria aguentar muito mais tempo assim... Hoje, passados uns bons meses, pergunto-me até que ponto irei aguentar. E, acima de tudo, aguentar o quê? Tenho vivenciado emoções para as quais não percebo a lógica. Não consigo corresponder-lhes um sentimento, dar-lhes uma explicação. Apenas sei que me sinto mal, que me falta alguma coisa, que me sinto incompleta, vazia, e sem perceber o que tenho afinal de contas. Até quando...? O que fazer nestas noites...?
(não deve fazer sentido nenhum, foi escrito sem parar e sem pensar no que estava a escrever)

terça-feira, abril 26, 2005

We walk a lonely path...

It was weird, yesterday... Quando disseste que eu me estava a ir embora, e eu não conseguia acreditar que fosses capaz de pensar que eu me ia embora. Mas... Depois da nossa conversa, depois de tudo, vi que tinhas razão. Desde aquele dia em que nos vimos, sinto-me estranha... Não te sei explicar bem porquê, acho que de repente me vi confrontada com a verdadeira realidade. Tinha andado praticamente no "mundo da lua", sempre a pensar que as coisas iam melhorar, que aquilo era apenas uma fase, que, no fundo, tudo ia voltar a ser como dantes... Imaginava-me sempre num futuro, a encontrar-me contigo e ter tudo resolvido... E, finalmente, conseguiamos estar bem... Mas, quando passaste por mim, naquele dia... Eu vi... Vi que continuamos ligados, que provavelmente, continuaremos ligados por muito tempo, que isso não é mau, pelo contrário... Mas também vi que passamos um pelo outro como "estranhos"... Foi a primeira vez que te vi e "não te vi"... Não sei se percebes... Vi-te por milésimas de segundos e logo a seguir só vi as tuas costas... E tu não olhaste para trás... Seguiste sempre em frente... Foi a partir desse momento que me apercebi que realmente não havia volta a dar... Foi a partir daí que baixei os braços e me refugiei num canto, desolada, derrotada... Foi como se tivesse deixado de te sentir... Como se tu tivesses ido embora... E pela primeira vez em algum tempo, senti-me mesmo pequena, frágil, desprotegida e com medo de abrir os olhos e ver realmente que já não estavas lá... Aquele meu texto anterior, surgiu-me numa dessas noites, em que tinha medo, em que me sentia sozinha... Ontem, mostraste-me que, à tua maneira, ainda estás aí... E por momentos, juro que senti que também não serias capaz de ir embora... E esses momentos souberam-me tão bem... Lembras-te? Não faz muito sentido, mas cá dentro faz... Apesar de mais ninguém perceber, e eu própria por vezes não perceber o porquê... É bom ter-te aqui... Mesmo que por vezes haja momentos de dúvida, incerteza. Quando o nevoeiro desaparece um pouco, vejo-te. E isso faz-me estender a mão outra vez.

sábado, abril 23, 2005

Departure...

Listenning to: Rurouni Kenshin - Departure (piano solo)

Ainda não era bem noite, mas a escuridão já estendia os seus longos braços pelas casas adentro. Não havia um único movimento, um único som. Toda a cidade parecia morta. Numa das casas, deitada na cama, uma rapariga jazia imóvel, de olhos abertos. À primeira vista sem vida, quem olhasse melhor veria o seu peito arquejar de forma suave, quase imperceptivelmente. O olhar vazio, negro como a escuridão que a rodeia. Espalhadas à sua volta, estão cartas, frases, palavras, momentos perdidos que formam um todo nela. Uma mão segura um papel amarrotado pelo tempo, papel esse com marcas de lágrimas ainda recentes. Aos poucos, os olhos fecham-se e toda ela se encolhe, como se querendo esconder do mundo. Como uma criança que necessita de protecção. Lá no fundo, uma música de piano começa a fazer-se ouvir. A harmonia das teclas, aquele som cristalino, que lhe traz tantas recordações e mágoa. Mantendo os olhos fechados, os seus lábios abrem-se num sussurro... Ele... Está a chamá-lo... Volta... Mas ele não a ouve... Nunca ninguém a ouve... Apoiando-se numa mão, obriga o corpo a levantar-se da cama, caminhando em passos hesitantes até à janela. Afasta a cortina para o lado e olha o céu. Escuro... Sem estrelas, nem lua. Nenhuma presença. Pergunta-se se onde ele está, o céu é igual e deseja profundamente que ele tenha pelo menos uma estrela para o guiar e proteger. Onde estás...? Os seus lábios contraem-se, numa tentativa de não chorar. Dos olhos negros, uma lágrima escorre em direcção ao pescoço e ela baixa a cabeça, envergonhada. Fecha o punho, amarrotando ainda mais o papel na mão, de forma a controlar as emoções. O piano continua a soar e, de repente, um sussurro faz-se ouvir atrás dela. Estou aqui... Endireita-se rapidamente, reconhecendo a voz. Os seus olhos brilham, não só pelas lágrimas, mas pela surpresa. Vira-se lentamente, insegura e receosa. Ele está ali... O papel que tinha estado preso na sua mão desliza para o chão e ela estende o braço na direcção dele, tentando alcançá-lo, tocar-lhe. Ele dá um passo atrás e baixa a cabeça, afastando o olhar, numa expressão triste, derrotada. Por favor... A rapariga avança mais um passo, com o braço esticado, mas ele recua outra vez. Desculpa... Não me faças isto... Mas ele parece não a ouvir. Permanece imóvel, o mesmo ar cansado, amargurado e frágil. Por favor... Desculpa... Não me deixes... Num acto de desespero, corre para abraçá-lo, mas ele desaparece assim que ela lhe toca. Com os olhos abertos de pavor, a rapariga deixa-se cair no chão, incrédula e com as feridas a reabrirem-se mais uma vez. Aninhando-se como um bebé, os soluços fazem o seu corpo estremecer violentamente. O piano acompanha-a sempre... Porquê...? Porquê...?

sábado, abril 16, 2005

Às vezes...

Às vezes,
o que foi volta a ser,
às vezes,
o que penso morto nunca chegou a morrer!!
Às vezes,
basta apenas um sinal,
para que tudo o que estava bem
volte a ficar mal!
Às vezes,
a comida custa a engolir,
às vezes,
tudo do que fugi torna a vir!
Às vezes,
sinto falta de amor sem te amar,
às vezes,
quero morrer para não matar!
Às vezes,
sou um monstro de vingança,
às vezes ainda tenho esperança!
Às vezes,
sinto que o passado se perdeu,
às vezes,
acho que a sua casa sou eu!
Às vezes,
basta voltares para eu me perder,
às vezes,
é tão difícil te esquecer...
Às vezes,
o que julgo mudo volta a falar,
às vezes,
o que sarou torna a sangrar!
Às vezes,
o passado ganha ao presente,
às vezes,
o futuro grita que vais estar ausente!
Às vezes,
preferia saber-te a sofrer,
não que a dor fosse menor
mas o ódio ía ser!
Às vezes,
quero gritar para não te ouvir cá dentro,
às vezes,
fico muda...
Não aguento...
Às vezes,
tudo o que és aparece,
às vezes,
só por isso...
Sei que algo em mim não te esquece!
Às vezes,
encontro os teus restos mortais,
às vezes,
não aguento...
...
É demais!

By Lana, in http://www.mysoulpieces.blogspot.com/

quinta-feira, abril 14, 2005

O teu olhar...

Oh meu Deus... Eras mesmo tu, não eras? Sim... Meu Deus... Eras mesmo tu... Reconheceria aquele olhar em qualquer lado... Aqueles segundos duraram uma eternidade... Nunca pensei que te fosse ver... Mas eras mesmo tu! Vejo e revejo aquele momento no ecrã branco da minha mente... O teu olhar, é tudo o que me lembro... Sei que não reparaste, mas por momentos parei no meio do passeio... Não queria acreditar... Tinhas acabado de passar por mim! Tinhas olhado para mim! E tinhas-me reconhecido... Por momentos pensei que tudo aquilo não passasse de uma fantasia minha, uma partida pregada pela minha visão... Por isso virei-me para trás a ver-te ir embora... De boca aberta, um olhar incrédulo e lágrimas nos olhos... As minhas colegas ficaram francamente assustadas... Principalmente quando eu tive de me sentar para aguentar todo aquela enxurrada de sensações e emoções... Não perguntaram nada... Apenas olhavam para ti nas costas, para o ponto que eu estava a focar... E eu controlava-me para não correr atrás de ti, berrar bem alto o teu nome, transmitir de alguma maneira que te tinha reconhecido... Abalou-me muito... Não sei se fiquei feliz por te ver, se fiquei angustiada por tudo o que senti... Não abri mais a boca durante o resto da tarde... Ninguém percebeu... Nem sequer as lágrimas que chorava no meu interior... E eu sempre a rever aquele momento... Tinha tantas saudades do teu olhar...

terça-feira, abril 12, 2005

Porquê? Mas porquê? Porque é que me deixo afectar por uma coisa tão mínima? Apresentar um trabalho? Piece of cake! Right! O problema é mesmo a sensação de mal-estar que vem adjacente, aquela multidão de pessoas a olhar para mim, eu a ser avaliada, eu com vontade de fugir porta forta, esqueço tudo, perco a organização mental, não formo frases com nexo, entro em pânico. Um total caos. Uma vergonha horrível. Principalmente quando todo o grupo está a contar connosco. Odeio trabalhos de grupo, prefiro falhar sozinha... Principalmente quando sais cá para fora e o resto do grupo te aponta o dedo a dizer "mas qual foi a tua? deixaste-nos ficar mal! tu devias ter feito o trabalho! tu devias ter apresentado isto! era da tua responsabilidade!" Não, desculpem? Isto era um trabalho de grupo, eu não era suposto apresentar isto! Eu já fiz a minha parte, tu não fizeste nada, por isso tá calado e pára de me apontar o dedo, só porque fui forçada a fazer algo que não gosto de fazer! Espírito de equipa é uma merda. Só por causa disto, destas apresentações merdosas, até mudava de curso. Estou que nem posso hoje. E amanhã mais uma merda para apresentar, com o mesmo tipo. Eu passo-me. Estou feita.

sábado, abril 09, 2005

O pesado fardo da minha consciência...

De tudo o que me dói, o que mais me dilacera és tu. A tua dor, tão grande que a sinto como minha. E ainda assim, vejo-me incapaz de a acalmar, e choro, choro por ti, e por essa dor que sentes. Nunca te quis magoar, nunca suportei essa ideia... Eu vi a tua dor, eu conheci a tua dor, eu vivi a tua dor... Mas nunca como agora... Agora a tua dor é ainda maior, e por minha causa. E é isso que me leva a chorar como uma criança pela noite adentro, é isso que me leva a desesperar e gritar por ti, é isso que me faz querer fugir, apagar-me, desaparecer... Nunca fui muito forte, mas ainda assim, prefiro sentir-me mal por mim própria, consigo aguentar melhor. Agora já não é assim... Agora sou fraca, porque te carrego dentro de mim e a tua dor é demasiado pesada, e eu não tenho força para carregar ambas as dores, a tua e a minha. Sinto-me culpada. Culpada como nunca na minha vida me senti. A ponto de ficar doente só de pensar nisso. Queria poder aliviar-te um pouco a tua dor. Ver-te bem ia ser bom. Mas como tu próprio disseste, não passa de um pensamento egoísta... Quero-te ver feliz, porque isso me deixaria mais aliviada. Ou talvez não. Talvez seja mesmo por ti. Porque já sofreste tanto, que não mereces sofrer mais. Acho que o egoísmo está sempre presente, não é?
Tenho saudades tuas... Mas fazes bem em não esperar nada de mim... Não há nada em mim para dar. E sentir-me assim vazia, é pior do que ter todo um conjunto de características insuportáveis. Alguma vez te indagaste sobre a capacidade de amar? Há gente que simplesmente não nasceu para isso... Ou será que é algo que se aprende?
Gostava de ser capaz de me exprimir como tu, de poder carregar as minhas palavras de um sentido tão forte como as tuas. Far-me-ia sentir menos inútil...

quarta-feira, abril 06, 2005

Hoje peguei naquele ser frágil e sereno e levei-o comigo para o pé da janela... Fiquei a observar as luzes da rua, enquanto a embalava nos meus braços, sem prestar muita atenção... Ninguém nos via, e eu não via ninguém... Mentira... Eu via alguém, sim... Desviei a minha atenção para aquele rosto de anjo e por momentos passou-me um reflexo de um sonho pela mente... E tudo voltou a cair... Um redemoinho cada vez mais intenso de sensações e emoções que me foram impossíveis de controlar... Quando reparei, uma lágrima tinha caído sobre a face daquela princesa adormecida... Não a limpei... Apenas sussurrei baixinho "desculpa..." E voltei novamente o rosto para a rua, onde fiquei perdida nos meus pensamentos, pensamentos esses que decidiram voltar em força para me atormentar apenas por momentaneamente os ter posto para segundo plano... E dei por mim a estender a mão para a janela, olhar para o céu e dizer "A minha mão na tua..." Mas nada aconteceu... Nada... Deixei-me cair contra a parede, sempre com um calor nos braços e fiquei submersa na escuridão do quarto, chorando lágrimas que ninguém viu, nem poderia ver... Decidida, levantei-me, pousei a Inês no berço e quase voei para a sala, onde me sentei a ver T.V.. Não, isto não me vai acontecer... Não vai... Não me vou deixar ficar assim, não agora. Eu tenho de conseguir ultrapassar isto, porque ela precisa de mim. Ou será que sou eu que preciso dela?

terça-feira, abril 05, 2005

Como é que uma coisa tão pequenina me consegue fazer sorrir tanto?

Pois é, acho que após a maré de culpa de ontem, de ressentimento, de mal-estar, hoje tive um dia em cheio! Um dia como há já muito não tinha, em que me senti bem desde o início até ao fim do dia. Levantei-me cedo, às 10h já estava na faculdade... Sentei-me no banco do jardim, com o sol a bater-me na cara, um tempo bastante agradável, The Gift a tocar baixinho, eu a devorar o livro "O Diário da Nossa Paixão" (prenda da Xana e que realmente me está a prender bastante) e depois fui ter com as minhas colegas para irmos almoçar. Na verdade, o almoço nem correu assim tão bem, senti-me mal. Do nervoso, imagino. Logo a seguir fui fazer a tal apresentação do livro, para EBE e não poderia ter corrido melhor! Todos adoraram, consegui demonstrar um pouco mais do que o costume, passar a mensagem que queríamos. Claro que me vi grega para fazer o teatro e estar ali a demonstrar sentimentos, emoções... Se nem com as minhas me sinto à vontade, quanto mais com umas inventadas e em frente a tanta gente! Mal saí de lá, não fui à aula seguinte e corri (voei) para a maternidade, onde passei mais de uma hora com a Inês ao colo... É tão calminha... Como é que algo tão pequeno, tão frágil, me consegue fazer suportar o dia todo, só com a esperança de a ir ver no final do dia? Linda como sempre :) Depois, claro, fui à polícia participar do roubo, e o homenzinho e a minha mãe parecia que tinham um complot contra mim -.- "Quer apresentar queixa por extravio ou por roubo?" Desculpem lá, mas eu perdi a carteira ou fui roubada? "Ah, mas é que se participar por roubo, o processo ainda vai a tribunal e tem de ir prestar declarações e tal" Ora, se fossemos todos assim, ninguém era apanhado, aliás, se continuarmos assim, podem crer que vão continuar a roubar durante muito mais tempo. Claro que pronto, a minha mãe decidiu por participar por extravio e fomos cada um à sua vidinha e eu já não queria saber daquilo. Hoje cheguei a casa com um sorriso. E para já sinto-me bem. Esperemos que continue! Ah, e tinhas razão ontem... Por que é que me estou sempre a deitar abaixo? Não vou fingir que está tudo bem, porque eu continuo a não me sentir bem. Mas ao menos sinto-me mais leve. E pela primeira vez em muito tempo, com uma pequena réstia de esperança.


Inês, a minha bebézinha linda Posted by Hello

A felicidade paga-se?

Ontem estava cheia de esperança... Não sei... Acho que não conseguia tirar aquele sorriso parvo da minha cara, um sorriso que já não tinha há muito tempo... Pela primeira vez em bastante tempo, saí de casa a sorrir... E feliz. Suponho que sim. Hoje estava entusiasmada, ia ver a minha sobrinha à maternidade, estava com o melhor humor de sempre nestes últimos, digamos, 6 meses, ou mais até. Acho que hoje descobri o porquê de ter tanto medo de ser feliz. Acho que hoje me senti completamente desconfortável perante a minha felicidade. Descobri que, quando estamos felizes, há sempre a hipótese de ficarmos infelizes, de perdermos a nossa felicidade... É quase como ter algo e perdê-lo. E custa. Hoje estava tão feliz que nem consegui ir às aulas. Não fui a nenhuma. Estive na faculdade de manhã, fui almoçar ao shopping, e depois voltei pa fac mas telefonei à minha a dizer que queria mas é ir para a maternidade, que não me apetecia estar ali à espera das 20h para ir para casa. Tudo bem... Fui para a maternidade, peguei na bebé mais linda do mundo, estive com ela ao colo, a embalá-la, a sussurrar-lhe canções baixinho e a fazer montes de planos para o futuro... Foi um momento lindo... Quando me vim embora, reparei que me tinham roubado a carteira no autocarro. Eu nem reparei. Ia tão feliz, tão no meu mundo, tão... "nas nuvens" que nem notei que alguém me tinha puxado a mochila e arrancado a carteira lá de dentro. Perdi dinheiro... Dinheiro que para a maioria das pessoas seria pouquíssimo, mas eram 20 euros, para mim, é muito dinheiro. Perdi cartões, B.I., recordações que tinha lá do passado... Pior não foi isso... Foi o olhar do meu pai... A constante avaliação... O eu sentir-me uma inútil logo a seguir ao meu aniversário... O ter aquele olhar em cima de mim, como se dissesse "com 19 anos e ainda é uma irresponsável de todo o tamanho, nós aqui todos felizes e nem assim ela deixa de dar problemas... que empecilho..." por momentos, apenas por momentos, pensei em não lhe dizer nada... mas tinha de dizer... Senti-me culpada por estar feliz... E por só causar problemas e estragar a felicidade aos outros... A portadora de infelicidade na família... Sinto que por cada sorriso meu, dos sinceros, tenho de pagar com alguma coisa. E isso deixa-me pior que estragada.

domingo, abril 03, 2005

Inês

Linda :) É tudo o que tenho a dizer sobre ela... É linda como tudo... Perfeitinha... Pareceu-me tão perfeita, tão linda, que tive medo de pegar nela... Assusta-me a ideia de a magoar. É tão frágil... Um dia hei-de pegar nela... Talvez amanhã... A coragem há-de vir :) Até lá, a minha sobrinha é a rapariga mais linda de todo o mundo!

Inês Posted by Hello

Happy birthday to me...

Mais um ano que passa, mais um dia igual a tantos outros, mais um dia em que me deixo cair no esquecimento. Mas desta vez vai ser diferente. Hoje vai ser diferente. Mais um ser chegou ao mundo. E eu vou fazer os possíveis para que esse ser não caía no mesmo buraco que todos nós. Ou pelo menos, se cair, vou estar lá para o acompanhar. Chega de tristezas e de pensar em quem não se preocupa, em quem não quer saber. E chega sobretudo de viver no passado, na angústia da mágoa dos outros e de nós próprios. Se tiver de fingir, assim será. Com o tempo, tudo passa. E eu vou-me dedicar a este novo ser. Pode ser que seja diferente. Pode ser que consiga fazê-lo. Ainda assim, neste momento, pode-se dizer que tenho um sorriso nos lábios. E sincero. Parabéns, Sofia. A tua sobrinha nasceu no mesmo dia que tu. Deve ter sido um sinal :) 19 já cá cantam... falta aguentar os outros todos.


Me at my birthday Posted by Hello
Hoje doeu... E não devia ter doído... Não hoje...
Reflections in the Mirror