Amar-te dói. Dói e choro.

ég gaf ykkur von sem varð að vonbrigðum...

Vendo o que vivi, o que vivo e as possibilidades q...

"Tu dizes-me "faço-te feliz". Sabes que me fazes i...

Divagações.. (again)

Nada p'ra fazer 1

I'm glad you're here. Even though it hurts.

Recordações...

Last night...

Devaneios... [Se não tens o que gostas, gosta do q...

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sexta-feira, maio 27, 2005

Devaneios...

Não quero ser mais uma. Mais uma pessoa, mais uma filha, mais uma neta, mais uma aluna, mais uma colega, mais uma conhecida, mais uma amiga, mais uma namorada... Mais uma que foi só uma num instante para depois passar a ser apenas mais uma. Não quero que alguém seja apenas mais um na minha vida, mas também não quero que sejam só um porque podem passar a ser apenas mais um. Por isso não digo a ninguém que é só um para mim, porque a partir do momento em que semelhante afirmação sair da minha boca passa automaticamente a estar em risco. E muito provavelmente falhará. Muito provavelmente deixará de ser só um para passar a ser mais um. E enquanto é só mais um, já não é muito mau, pior é quando se é apenas mais um. Aí, é como se não tivessemos tido utilidade alguma para essa pessoa, como se não passassemos de um grande NADA que nunca foi nem há-se ser um TUDO. As coisas são tão complexas, existem um sem fim de hipóteses, de possibilidades e quanto mais se pensa nisso mais complexo e vasto se torna. Tenho saudades do tempo em que não me importava se era mais uma, se era apenas mais uma ou se era só uma. Ou em que simplesmente não pensava nisso. Como é que eu fui complicar tudo? O que é que me deu? Tenho medo de me comprometer, sempre tive. Nunca pensei muito nisso. Implica tanta coisa que nem me atrevo sequer a pôr a hipótese de o fazer. Das únicas vezes que o fiz, arrependi-me. Pensei sempre duas vezes antes de aceitar, logo nunca deveria ter seguido em frente com aquela fantochada. Da primeira vez, aceitei porque... Bem, é vergonhoso, mas aceitei porque tive pena dele, e porque ele tocava piano para mim... Mas acho que em Madrid abri os olhos (talvez por lá não haver piano). A segunda... A segunda foi um desafio. Uma oportunidade. Estava destinada a falhar. Logo desde o início, quando ouvi o meu coração dizer que não o devia encontrar, que ele ia querer mais, que as coisas iam ganhar outras dimensões e eu não queria isso. Acabou de qualquer das maneiras. E agora... Aqueles sonhos eram realidade para mim. Era suposto ter acontecido. Eu nunca me questionei sobre se daria certo ou não. Simplesmente ia acontecer e seria fantástico. Mas de repente já não era tão certo assim. Uma merda, é o que é. Perdi tudo o que alguma vez tive e agora são só fios soltos cá dentro, cheios de nós. Fios que me constituem e me suportam. De cada vez que tento desatar um nó, dói. Puxo e arranco e tento cortar com os dentes, apenas para me magoar ainda mais e cair no chão, com menos um suporte. Contigo era diferente... Contigo sempre foi diferente. Eu via-me em ti! Mas agora... Agora estou igual a sempre. Agora é igual. Agora estás apenas na minha cabeça, és muitos dos fios emaranhados que me fazem assim. Amar-te não chega. Nunca chegou. O amor para mim não é nada. É instável, inseguro, magoa mais do que alivia, é um sufoco, um espinho no peito. Sempre tive medo dele. Sempre tive razão em receá-lo. It's here now and there's no fucking way back. E por isso fujo do mundo, por isso fujo das pessoas. Há gente que simplesmente está destinada a ficar sozinha. E outra que escolhe essa opção. Não queria ser apenas mais uma... Mas no fundo, não passo disso nesta vida.
Reflections in the Mirror