"Tu dizes-me "faço-te feliz". Sabes que me fazes i...

Divagações.. (again)

Nada p'ra fazer 1

I'm glad you're here. Even though it hurts.

Recordações...

Last night...

Devaneios... [Se não tens o que gostas, gosta do q...

We walk a lonely path...

Departure...

Às vezes...

Powered by Blogger


segunda-feira, maio 23, 2005

Vendo o que vivi, o que vivo e as possibilidades que ainda tenho para viver, apercebo-me, com angústia, que nada me prende a este mundo. Mostra-me algo pelo qual me apaixone, ao qual me agarre e lute por ele, algo por que viver. Assim, sem projectos, sem planos, sem esperanças ou sonhos, é tudo uma grande indiferença para mim. Tudo. Não vivo, existo. Não vivo, apenas o bater do coração e o meu corpo me agarram a este mundo. Sorrio, falo, trabalho, passeio, existo para os outros. Cá dentro, apenas choro porque não é culpa minha. Não me deram oportunidade de escolher, simplesmente atiraram-me para aqui. E quanto mais olho em volta, mais vontade tenho de baixar os braços e desaparecer. Já não falta muito... Caminho a passos largos para a invisibilidade. Daí até ao nada, são dois segundos. Todos estamos sós. E podemos por momentos pensar que não e agarrarmo-nos a esse pensamento, mas quando a noite chega e com ela traz a doce escuridão, apercebemo-nos de facto do que somos e do que nunca deixará de ser. Continuo de mão estendida, mas afastei-me. Cada vez mais. Não aqui. Ali. Onde me podes ver, onde te posso ver. Mas não alcançar... E as minhas lágrimas são salgadas outra vez... Têm vida própria... A minha garganta toda arranhada pelo esforço de conter os soluços... O meu peito cheio de dores por não os conter... O meu coração a bater depressa demais a toda a hora... Deixei-me cair... Nos meus próprios braços... E não tenho força para me levantar... Estou tão cansada... Só quero paz, um fim... Descanso... Ou algo que me dê força para me levantar... Vou-me deitar... Passo a vida deitada ultimamente... A ver o sol movimentar-se, as sombras no meu quarto... O espanta-espíritos a ondular suavemente... O espelho a reflectir a luz do sol pelas paredes, projectando focos de brilho... Até o tempo é indiferente... Sinto-me a morrer um bocadinho a cada dia que passa e não sei se sou capaz de o parar a tempo... It's all just so wrong... I feel so wrong... O que é feito da rapariga que se divertia, que dançava pelos cantos da casa, que falava ao telefone horas a fio, a contar as novidades todas às amigas? A rapariga que se dava bem com todos e que gostava de ouvir os outros e transmitir imagens positivas? A rapariga que não se preocupava com estas questões, sobre quem era, o que ia fazer a seguir, o que gostava, o que fazia sentido, o que estava certo. She's so dead... I killed her... Why...? How did I become this...-- this *thing* I hate? Gosh, I'm so fucking lost...
Reflections in the Mirror