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quarta-feira, maio 25, 2005

ég gaf ykkur von sem varð að vonbrigðum...

Já mencionei o quanto odeio estar fechada num sítio pequeno, rodeada de gente? Do quanto odeio que me toquem? Que respirem o mesmo ar que eu, que me olhem, que vivam as suas vidinhas irritantes à minha volta? Nestes momentos, sou apossada da vontade irracional de os mandar todos à merd*, isto quando não imagino uma bomba ou balas, muitas balas. Ponho o som do discman no máximo, mas continuo a ouvir zombidos, tento ficar no canto mais afastado, mas parece que nunca é afastado o suficiente, que reparam sempre em mim. Aquela sensação de sufoco, de nos sentirmos presas num mundo de caçadores, um ser negro rodeado de brancos, o simplesmente ter a sensação que não pertencemos aqui. Simplesmente. Não é simples, mas simplesmente essa sensação. Quero uma saída, uma janela que me envolva com uma golfada de ar, me dê aquela sensação de liberdade outra vez, ar puro e fresco, uma floresta pela minha frente, o cheiro a orvalho e plantas, os sons dos animais e das folhas... Preciso que me cortem deste cenário. Simplesmente não pertenço aqui. Nem aqui, nem ali, nem noutro lado qualquer. Não sei onde pertenço. Não sei o que devo fazer a seguir. Limito-me a deixar-me ser guiada pelos outros, pelo que sou suposto fazer, porque isso pelo menos sei o que é, sei o que é certo, seguro. Não que isto seja seguro. Não é, deixa-me vulnerável, insegura, constantemente amedrontada e escondida por detás de um sorriso aparentemente resplandecente. Aparências, fachadas, panos por cair. Panos que caem. Panos que se levantam. E onde estou eu no meio disto tudo? Quem sou eu no meio disto tudo?
Reflections in the Mirror