Devaneios...

Amar-te dói. Dói e choro.

ég gaf ykkur von sem varð að vonbrigðum...

Vendo o que vivi, o que vivo e as possibilidades q...

"Tu dizes-me "faço-te feliz". Sabes que me fazes i...

Divagações.. (again)

Nada p'ra fazer 1

I'm glad you're here. Even though it hurts.

Recordações...

Last night...

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sábado, maio 28, 2005

Às vezes, gostava de te poder afectar como me afectas a mim, nem que fosse só um bocadinho. Mas não. Não vou deixar que vejam o quanto me afecta. Não me vou virar para ti, ou para quem quer que seja e dizer "Vai-te foder! Desaparece!". Sabes porquê? Porque eu não sou assim. Porque mantenho tudo cá dentro. Todos os meus podres só saem quando têm de sair. Porque toda a raiva e mágoa que sinto cá dentro, é aqui que tem de ficar. E não lá fora. Pertence-me, é meu, de mais ninguém. Não tenho o direito de dar os meus podres a outra pessoa. Tenho de guardá-los e viver com eles. E esperar que não me incomodem muito. O que é que eu tenho para dar? Queres que te dê toda a minha fúria, a minha raiva, que grite contigo, que te bata, que te empurre? Que te mostre todo o meu ódio porque não percebes o quanto um simples gesto ou um simples não-gesto teu se assemelham a bofetadas na minha cara? Ou o meu ódio por simplesmente não te importares? O meu ódio por te teres ido embora, por me ter ido embora, por te ter mandado embora? O meu ódio por ninguém me perceber realmente e não parárem de me dizer o que devo e não devo fazer, sem perceberem que EU NUNCA FAREI O QUE ELES QUEREM? O meu ódio por me terem posto nesta merda de mundo? O meu ódio por todas as vezes que respiro? O meu ódio por todas as vezes que ganho a noção de que não sou nada neste mundo, nunca serei, e que não há nada que eu possa dar, por mais que queira? O meu ódio por ter mandado a única coisa que fez sentido em toda a minha vida para o lixo...? O meu ódio por saber que, se voltasse a ter a oportunidade, voltaria a acontecer o mesmo...? Queres ver o meu ódio? Queres ver ao estado deplorável em que cheguei, em que tudo o que faço me mete nojo, e ainda assim continuo com a máscara da indiferença, para que os outros não vejam aquilo que sou, o nojo de pessoa que sou? Sabes que mais? Vai-te foder. E tu também. E tu, e tu, e tu... Os que não vêem, os que fingem que não vêem, os que vêem e não fazem nada... Sou uma amostra de pessoa. Tinhas razão. Ninguém é perfeito. Nunca pensei foi chegar a este ponto, tão baixo. Em que tenho de usar uma máscara para mim própria, para conseguir ter um único momento de descanso por dia. Fugir de mim. Fingir que eu, não sou eu. Fingir que eu não existo. E ainda assim, é impressionante como a mais simples coisa me continua a afectar tanto e a me deitar abaixo. De maneira a fazer-me afastar de todos os que eram mais próximos. Impressionante... Simplesmente impressionante... Oh, don't worry. I'll live. I always do, right?
Reflections in the Mirror